Como quarta de uma série de nove obras iniciais, Fernando Pessoa – Ao Infinito e Além tem o privilégio de ser a primeira construção arquiliterária que definiu claramente a estética de união entre arquitetura e literatura como uma nova forma de arte. Como o próprio artista costuma dizer, foi a partir dela que a inserção de textos no cenário passou a fazer todo sentido. Mais do que uma simples maquete artística autoral de arranha-céu, contando a história textual e de vida do poeta português, através de seus andares construídos interna e externamente, esta edificação literária tem como objetivo principal demonstrar que o fascínio pelo conhecimento pode vir dos elementos artísticos mais estranhos e diferentes, e que para além das técnicas e linguagens tradicionais, o importante mesmo é a surpresa, a curiosidade e o sentimento que tal novidade desperta no público. A obra Fernando Pessoa – Ao Infinito e Além é uma verdadeira Torre de Babel arquiliterária. Nela as pessoas vão encontrar não apenas um referencial infinito sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos, distribuído minuciosamente em cada centímetro quadrado da construção, mas tudo aquilo que nos toca por meio de um cenário construído arquitetonicamente com palavras.